REPRODUÇÃO DA INTERNET |
Um esporte que sempre achei besta é o automobilismo. Nem sei
se isso pode ser chamado de esporte. Mesmo que exista uma exigência na destreza
e na concentração, considero o automobilismo apenas uma competição. Está mais
para um “esporte” corporativo. Sempre achei que um maratonista é muito mais
atleta do que um piloto de automobilismo.
Graças a Deus nunca me intoxiquei com a
F1. Nunca vi graça em ficar mais de uma hora assistindo carros correndo. Sem
contar o barulho. É tão empolgante quanto ver uma disputa entre Microsoft e Apple.
Aahhhhhhhhhh! Dá sono. No entanto, mesmo não curtindo, costumo me informar
superficialmente sobre as equipes e os pilotos.
Hoje acontecerá o Grande Prêmio do Brasil, no autódromo de
Interlagos, perto da minha casa. Hamilton e seu colega de equipe, Rosberg,
estão brigando pelo título deste ano. Mas há muito tempo escuto muita gente
dizendo que “a Fórmula 1 está chata, não tem a mesma emoção de outros tempos”.
Na época do alemão Michael Schumacher, os comentários eram
os mesmos. Para os brasileiros a Fórmula 1 não tinha mais graça e o Schumacher
não tinha concorrentes a altura, o oposto de Ayrton Senna que disputava com
vários rivais, como Allan Prost, Nigel Mansell e Nelson Piquet. A partir daí
todo mundo já sabe. É comparação daqui, dali, acolá, quem é melhor, quem foi
isso, quem foi aquilo e blábláblá.
Particularmente, acho difícil dizer qual foi o melhor
piloto. Existiram grandes pilotos, em épocas muito diferentes, mas não devemos
esquecer que o objetivo principal do automobilismo é medir a capacidade do
carro. Qual carro é o melhor. Essa história de que piloto bom é aquele que
ganha no braço é balela. Nenhum piloto foi campeão com um carro ruim, mas sim
com um carro potente.
Se eu fosse uma fanática por Fórmula 1 certamente estaria
irritada com o nível dos comentaristas da categoria. Galvão Bueno e companhia
sempre fazem comentários idiotas e que qualquer leigo poderia fazer: “Se chover
é bom pro Massa!”. Caramba bicho, o Felipe Massa é tão medíocre que precisa de
uma ajudinha da natureza pra ganhar? O pior é que a maioria dos comentários
gira em torno do clima, pouco se fala dos carros. Ninguém sabe dizer por que
tal carro é melhor que o outro, o que ele tem de inteligente, como é a sua
aerodinâmica e outros conceitos importantes da mecânica. Quem quiser estar por
dentro do automobilismo tem que correr atrás de informações em sites
especializados, principalmente de outros países.
Tempos atrás, li num blog, não lembro qual, que o brasileiro
só gosta mesmo de futebol. Os outros esportes só interessam se houver algum
competidor brasileiro bom e com chances de ser campeão. E estou de acordo.
Quando o Guga estava no auge, o Brasil era o país do tênis. Quando Emerson
Fittipaldi, Nelson Piquet e Ayrton Senna estavam vencendo e a seleção
brasileira não ganhava a Copa do Mundo, o Brasil era o país da Fórmula 1. E por
aí vai.
O fato é que a Fórmula 1 continua sendo o que sempre foi. O
que mudou é que desde a morte de Ayrton Senna, nenhum piloto brasileiro
emplacou na categoria. A Rede Globo tentou a todo custo colocar o PODRE do
Rubens Barrichello no status de ídolo e não conseguiu. A mesma coisa aconteceu
com o molenga do Felipe Massa. A Fórmula 1 perdeu a graça para o brasileiro,
pois os pilotos compatriotas pararam de ganhar. Por isso, acho que o brasileiro
nunca gostou verdadeiramente de automobilismo. Será que os brasileiros achariam
chato, caso os sete títulos do Schumacher e os quatro títulos do Vettel fossem de
brasileiros? Será que achariam isso sem graça? Hum, tenho certeza que não.
Nenhum comentário:
Postar um comentário